BARÃO DO SERRO AZUL

Este filme é simplesmente maravilhoso e infelizmente pouco divulgado. Ele retrata um pedaço da história de Curitiba, que é desconhecida por muitos curitibanos. Os livros de história ainda não citam a saga do herói Idelfonso Correia - o Barão do Serro Azul - que por mais de quatro décadas teve seu nome proibido de ser citado na cidade.

Abaixo segue um resumo muito bem escrito pelo roteirista do fime Walther Negrão

Vale a pena conferir e "espalhar" a verdadeira notícia!!

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"Esta é a história da escalada social de um empreendedor. A saga de um homem de origem humilde que conquistou títulos de nobreza e teve seu sangue derramado graças a injustiça cometida pelos seus desafetos num momento de grave convulsão política no sul do Brasil.

Em 1894, duas correntes ideológicas provocam batalhas e mortes desde o Rio Grande do Sul: os famosos rebeldes Maragatos tentando depor o presidente Floriano, e os governistas empenhados em manter poder a qualquer preço.

De comportamento pacto e comedido - Idelsfonso Correia - O Barão do Serro Azul- é colocado repentinamente como mediador entre essas correntes. Imbuído de espírito pacifista, o Barão consegue impedir o avanço das tropas rebeldes na direção do Rio de Janeiro, então capital da República. Impede mais: o sangue e barbáries na cidade de Curitiba, capital da Província do Paraná.

Apoiado pela esposa, Dona Coca, pelos amigos e pelos próprios criados, o Barão trava sua luta para salvaguardar aquilo que considera mais precioso: a vida de sues filhos e de seus concidadãos. Não importa que, para isso, tenha que desembolsar a sua fortuna para sustentar a Paz.

No permeio dessa mediação, entre uma visita e outra aos campos de batalha, o Barão de Serro Azul mantém seus negócio. Amplia seus empreendimentos lançando um jornal, fundando um banco e conquistando o mercado externo para sua produção de erva mate. Apesar de viver entre a cruz e a espada, aquele líder natural mantém a esperança de dias melhores. Isso relamente ele alcança. Mas não para ele.

Passando o momento tormentoso, quando tudo indica uma bonança conquistada a duras penas, eis que o título de Barão é trocado pelo de traidor!

À injusta acusação se segue um julgamento sumário. O Barão é arrancado do seio da família, encarcerado. E, antes que possa ter chance de apelação ou justificativa para sues atos de mediador; é levado ao trem da morte para ser executado à beira da linha férrea. Por ironia do destino, no quilômetro 65 da serra que lhe inspirou o título de Barão do Serro Azul."

Walther Negrão

(roteirista)